A criação do Sistema de Nacional de Combate à Tortura
e a convocação da 1ª Conferência Nacional de Direitos Humanos em 2015
foram os principais resultados do Fórum Mundial de Direitos Humanos
(FMDH), segundo a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do
Rosário. De acordo com ela, a ampla participação da sociedade civil, de
instituições de defesa dos direitos humanos e do governo foi outro
destaque do encontro que terminou ontem (13).
Ontem (12), a presidenta Dilma Rousseff assinou o documento de
criação do sistema. Ela disse que o Estado brasileiro não aceita nem
aceitará práticas de tortura
contra os cidadãos. "Serão escolhidos 11 peritos nacionais autorizados
previamente a entrarem em delegacias, penitenciárias, instituições de
longa permanência e outros locais fechados para a averiguação de
situação de tortura", informou Maria do Rosário.
Sobre a Conferência Nacional, programada para 2015, começarão a
ocorrrer, no ano que vem, encontros estaduais preparatórios. "Serão dois
anos de estruturação da agenda de direitos humanos no Brasil", disse a
ministra.
Nos quatro dias de fórum, que começou na terça-feira (10),
participaram quase 10 mil pessoas de 74 países e 700 instituições
nacionais e internacionais. Foram conduzidas cerca de 400 atividades
temáticas sobre diversas questões relacionadas aos direitos humanos,
ações culturais, debates temáticos, conferências, além de feiras
literárias e de economia solidária.
Participaram do fórum, a presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
membros da Organização das Nações Unidas (ONU), de organismos
internacionais – como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) –, entre outras
instituições representativas.
"A presença muito grande de governos de vários países, sociedade
civil e movimentos organizados marca um caminho que é irrenunciável para
a democracia: o do diálogo", disse Maria do Rosário.
Sobre os compromissos assumidos no fórum, a ministra ressaltou que a
continuidade do diálogo e a implementação de ações são de
responsabilidade da sociedade civil. "O gerenciamento das ações não é do
governo. Esse foi um fórum da sociedade civil, organizado também pelo
governo, mas ele é livre. Se as instituições falaram sobre seus
compromissos, agora devem assumir as responsabilidades", completou.
De acordo com a organização, uma carta de intenções sobre os temas
debatidos era esperada para ser entregue hoje no encerramento, mas não
houve tempo de terminá-la. O texto do documento começará a ser discutido
pelos participantes hoje, mas a entrega não será formalizada.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil