Em 1994, a região das Américas foi a primeira no mundo a ser certificada como livre da pólio. Essa conquista dos anos 1990 é relevante neste momento em que há apenas dois países – Paquistão e Afeganistão – onde o poliovírus selvagem ainda circula. Hoje, apenas um dos três tipos de poliovírus selvagem permanece ativo, e o mundo está pronto para dizer adeus à poliomielite.
O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina oral contra a pólio (VOP).
Até que a poliomielite seja erradicada no mundo (como ocorreu com a varíola), existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território. Para evitar isso, é importante manter as taxas de cobertura vacinal altas e fazer vigilância constante, entre outras medidas.
Existem duas vacinas contra a poliomielite: a VPO-Sabin, ou vacina da gotinha, que faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. Deve ser aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade e até os 5 anos, as crianças devem receber doses de reforço anualmente. A outra é a vacina VIP ou Salk, administrada por via intramuscular, é indicada para pessoas expostas, com baixa imunidade, ou que viajarão para regiões onde o vírus ainda está ativo.
As vacinas contra a poliomielite foram desenvolvidas graças ao trabalho conjunto dos cientistas Jonas Salk e Albert Sabin, e dos que os antecederam nas primeiras pesquisas com vírus conduzidas a partir do início do século 20.
Fonte: Dr. Dráuzio Varella; Ministério da Saúde. Saúde de A a Z; Nações Unidas.