Em mais um esforço para estimular a produção da indústria e atenuar os efeitos da crise financeira na Europa, o governo decidiu prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os setores de linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar) e móveis. O anúncio foi feito ontem, em São Paulo, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ministro anunciou a prorrogação da desoneração do IPI dos eletrodomésticos da linha branca por dois meses e a redução do imposto para o setor de móveis por três meses. Anunciou ainda a prorrogação da redução do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o macarrão até dezembro. Como contrapartida, os fabricantes dos produtos beneficiados pela prorrogação da redução do imposto terão o compromisso de manter a vantagem para os consumidores e o nível de emprego, disse Guido Mantega após reunir-se com empresários dos setores envolvidos. “Os setores aqui presentes estão se comprometendo a repassar para o consumidor a redução do IPI, manter o índice de nacionalização e emprego”, disse o ministro.
No varejo, os empresários já enfrentam dificuldades para encontrar trabalhadores disponíveis no mercado, comentou o ministro. “Para eles não é bom, mas para mim é uma boa notícia”, disse Mantega. O setor industrial também se comprometeu a manter o nível de emprego, na reunião com o ministro. O encontro prolongou-se por duas horas e contou com a participação de empresários dos setores de varejo, móveis e fabricantes de eletrodomésticos. O ministro avaliou que as medidas adotadas até agora foram bem sucedidas por terem ampliados as vendas e ajudado a expandir o emprego. “Por isso resolvemos prorrogar a redução do IPI”, justificou. Para o segmento de móveis, a redução vai se estender por mais três meses. O ministro disse que vai tentar reduzir também o IPI dos painéis de madeira de 5% para zero. Para o segmento de linha branca, a prorrogação vai se estender por mais dois meses. Os refrigeradores continuam com redução de 15% para 5%; fogões, de 4% para zero; máquinas de lavar, de 20% para 10% e tanquinhos, de 10% para zero.
EFEITO
O ministro disse ter sido informado pelos empresários de que as vendas no setor de linha branca tiveram crescimento de 22% de janeiro a maio deste ano, graças ao benefício fiscal. Ao ser questionado se haveria consumidor suficiente para continuar comprando bens duráveis, Mantega afirmou que há novos consumidores chegando ao mercado e que a ampliação do mercado de trabalho dará conta dessa oferta. A prorrogação do incentivo já vinha sendo discutida entre o governo e o setor produtivo, mas não atendeu completamente à expectativa dos empresários.Antes de oficialmente anunciado o alongamento do prazo, o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, chegou a dizer que a expectativa era de que a redução do IPI fosse prorrogada não apenas por 90 dias, mas até o fim do ano.
O ministro disse ter sido informado pelos empresários de que as vendas no setor de linha branca tiveram crescimento de 22% de janeiro a maio deste ano, graças ao benefício fiscal. Ao ser questionado se haveria consumidor suficiente para continuar comprando bens duráveis, Mantega afirmou que há novos consumidores chegando ao mercado e que a ampliação do mercado de trabalho dará conta dessa oferta. A prorrogação do incentivo já vinha sendo discutida entre o governo e o setor produtivo, mas não atendeu completamente à expectativa dos empresários.Antes de oficialmente anunciado o alongamento do prazo, o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, chegou a dizer que a expectativa era de que a redução do IPI fosse prorrogada não apenas por 90 dias, mas até o fim do ano.
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