Em recente reunião entre técnicos da Caern, SEMARH e UFRN, a primeira possibilidade levantada é a captação de água diretamente do Gargalheiras com poços amazonas em aluviais rasos. A alternativa pode ser inviável porque as águas subterrâneas dali possuem muitos sais e ferro, de cordo com o professor da UFRN João Abner, mestre em Recursos Hídricos e doutor em Hidráulica e Saneamento.
A segunda alternativa é levar água à população por meio de carros-pipa, captada da adutora da Serra de Santana, que recebe água da Armando Ribeiro já tratada. “Mas pra poder viabilizar essa alternativa, temos que melhorar as condições da adutora da Serra, porque senão vamos descobrir um santo pra cobrir outros”, reconhece o professor, ao explicar que existe problema de operação em Santana: o ponto de captação é baixo. Assim a água é turva e o sistema de filtro trabalha não é eficiente. A ideia é deslocar o ponto para um lugar mais profundo e possivelmente ampliar o sistema de tratamento de água.
As outras duas opções não são bem aceitas pela comunidade acadêmica. Uma delas é considerada precária pelo professor João Abner e certamente será descartada. A fonte seria a Adutora Monsenhor Expedito, “que já está super explorada”.
“A gente ativou 10 poços do rio Boacica para aliviar a Lagoa do Bonfim [de onde sai a adutora]. Conseguimos livrar 110 m³”, acrescenta o secretário Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Mairton França, confirmando a fragilidade.
A última ideia é abastecer a área do Seridó com águas litorâneas, como já é feito na zona rural de Currais Novos, de acordo com o professor doutor. “Eu acho que essa é a mais absurda, totalmente impraticável”, opina. Atualmente, 11 municípios estão com o sistema de abastecimento colapsado, dependendo exclusivamente de carros-pipa ou perfuração de poços.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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