Os deficientes visuais que moram em Natal sentem uma enorme dificuldade para utilizar o transporte público. Os problemas começam ainda quando as pessoas chegam a paradas, e continua até eles subirem nos ônibus.
Segundo Ronaldo Tavares, presidente da Sociedade dos Cegos do Rio Grande do Norte (Socern), as dificuldades são enormes. “Ao chegar na parada de ônibus, por exemplo, nós ficamos a mercê da própria sorte, pois não há um dispositivo sonoro que nós informe para onde ele vai. Isso é lamentável, até porque, hoje já existe tecnologia necessária para resolver este problema”, explica.
Ao subir no ônibus, as dificuldades permanecem. De acordo com Ronaldo, ao entrar no transporte coletivo, muitas vezes, o deficiente visual fica preso na roleta. “Até o ano passado, o sistema de bilhetagem eletrônica reconhecia o cartão de gratuidade do deficiente e emitia um sinal sonoro, que indicava que a gente poderia passar. Porém, com as mudanças no sistema, isso foi extinto”, reclama o presidente da Socern.
O presidente da associação fez questão de ressaltar ainda, que as paradas de ônibus precisam contar com placas em braile, identificando as linhas que param no local. Ele lembrou também, que é importante para os deficientes, que próximo as faixas de pedestres tenham equipamentos que emitam sinais sonoros. “Aqui em Natal nós temos poucos aparelhos assim. E, além da quantidade insuficiente, os que estão presentes, muitas vezes não funcionam”, denuncia.
Ainda de acordo com Ronaldo Tavares, a Sociedade dos Cegos reivindicou junto a prefeitura do Natal, por diversas vezes, melhorias nas políticas de acessibilidade, no entanto, até o momento, a situação continua inalterada.
A reportagem do Nominuto.com tentou o contato com a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU), porém, o secretário adjunto do órgão, Clodoaldo Trindade, estava ocupado e não pôde nos atender.
Fonte: Nominuto.com
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