segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Imperfeições, buracos e obstáculos transformam calçadas de capitais brasileiras em “campos minados”


Nem sempre os carros são o maior perigo para os pedestres. Em algumas capitais, a situação das calçadas é alarmante. As péssimas condições dos passeios criam tombos capazes de causar ferimentos graves nos pedestres.
Um desses tombos machucou um dos rostos mais conhecidos do Brasil: o da atriz Beatriz Segall. A atriz de 87 anos sofreu recentemente uma queda no bairro carioca da Gávea, a foto do olho machucado chocou seus fãs na internet. Beatriz já está com o rosto recuperado, mas o risco foi alto.
— É uma falta de respeito com a gente, mas nós merecemos essa falta de respeito. Nós não reclamamos!
Buracos, calçamento solto, árvores no meio do caminho: andar pelas calçadas pode ser pior e mais perigoso do que uma prova de obstáculos – e não é apenas para os cadeirantes, qualquer cidadão pode cair nas armadinhas. A economista Naiá Camargo conta que já ficou dias sem sair de casa por conta de um tombo.
— Fiquei 20 dias sem sair de casa porque parecia que tinha arrumado briga. Acho que as pessoas não tem noção do que pode acontecer com elas em relação a calçadas.
A situação é tão grave que um estudo divulgado pelo Hospital das Clínicas de São Paulo lista as calçadas como culpadas por uma em cada cinco quedas nas ruas atendidas pelo Hospital. A média de idade das “vítimas das calçadas” é 36 até 50 anos e o tênis é o calçado mais usado. Caso o paciente fique internado, a estimativa é de que ele possa custar até 40 mil reais para o sistema de saúde.
Pouca gente sabe, mas as vítimas de acidentes nas calçadas podem pedir indenização na Justiça. A legislação em São Paulo, por exemplo, exige que os passeios tenham, no mínimo, uma faixa livre de 1 metro e 20 centímetros. O piso tem que ser regular e sem imperfeições.
Fonte: R7 - Domingo Espetacular.

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